domingo, 25 de abril de 2010

A desordem é um processo natural que acompanha a vida. É fundamental compreendermos que o resgate de nossa corporeidade precisará de ações intencionais de ruptura de padrões comportamentais que gerem conscientemente ações de desequilíbrio, sobretudo para impedir que condicionamentos passem a ser despercebidos e se tornem elementos de bloqueio para novas aprendizagens e também do fluxo vital.

O corpo...



Segundo Elenor Kunz, considera que há outras formas de cultura como a intelectual, por exemplo, reforçando, dessa forma, a antiga dicotomia mente/corpo. Utilizando a concepção fenomenológica para a qual o ser humano como ser-no-mundo é sempre presença corporal, o autor afirma que pensar é tão cultural quanto correr. Sendo toda cultura manifestada corporal mente, sua preferência é pela expressão "cultura do movimento".
Todas essas dimensões estão associadas na totalidade do ser humano, constituindo sua corporeidade. É neste sentido que buscamos a compreensão da complexidade humana, tanto em nível individual quanto em nível social.
O conceito de desenvolvimento Piaget, Wallon, Vygotsky e Le Boulch, por contemplar outras dimensões além da motora, como a dimensão psicológica, a relação com o meio ambiente e a utilidade dessas aquisições para toda a vida.
João Batista Freire enfatiza como tarefa da educação física o desenvolvimento das habilidades motoras, porém num contexto de jogo e de brinquedo, desenvolvidas a partir do universo da cultura infantil que a criança possui.

domingo, 11 de abril de 2010

O jogo



O jogo é fato mais antigo que a cultura, pois esta, mesmo em suas definições mais rigorosas, pressupõe sempre a sociedade humana; mas, os animais não esperaram que os homens os iniciassem na atividade lúdica. Convidam-se uns aos outros para brincar mediante um certo ritual de atitudes e gestos. Respeitam a regra que os proíbe morderem, ou pelo menos com violência, a orelha do próximo. Fingem ficar zangados e, o que é mais importante, eles, em tudo isto, experimentam evidentemente imenso prazer e divertimento. Mas reconhecer o jogo é, forçosamente, reconhecer o espírito, pois o jogo, seja qual for sua essência, não é material. Ultrapassa, mesmo no mundo animal, os limites da realidade física. As grandes atividades arquetípicas da sociedade humana são, desde início, inteiramente marcadas pelo jogo. Como, por exemplo, no caso da linguagem, esse primeiro e supremo instrumento que o homem forjou a fim de poder comunicar, ensinar e comandar. Todo este domínio (das competições e concursos), de tão grande importância para a vida dos gregos,é designado pela palavra agón. Pode-se bem dizer que no terreno do agón está ausente uma parte essencial do conceito de jogo.(...) É certo que regra geral o elemento de “não-seriedade”, o fatorlúdico propriamente dito, não é claramente expresso pela palavra agón. (HUIZINGA, 2000)

Esporte Alto-rendimento


Esporte de Alto-rendimento
O esporte contemporâneo se iniciou com a Revolução Industrial, respondendo às necessidades da burguesia de controlar as populações e assegurar a produtividade. Através da promoção de hábitos higiênicos, campanhas difundindo o exercício físico, a criação de espaços ao ar livre, a implantação do exercício ginástico obrigatório, foi sendo forjado um modelo de operário-soldado-esportista (BRACHT, 1997; RÚBIO, 2001; SILVA, 1996).
O esporte passou a ser fundamental para os filhos da burguesia, futuros líderes, que precisavam adquirir bons hábitos de disciplina e liderança, passando a ocupar o tempo livre desses estudantes. Instituiu-se nos currículos escolares a prática obrigatória do esporte com o argumento de formar o caráter dos futuros dirigentes sociais. Nas escolas públicas ocorriam os jogos organizados - que formavam os futuros líderes empreendedores e bons oficiais militares - enquanto nas escolas primárias, o sistema ginástico formava bons operários e soldados, talhados na disciplina e nos efeitos fisiológicos do exercício sistemático (RÚBIO, 2001). Na Era Vitoriana houve uma associação entre personalidade e aparência criando a necessidade do recato, do cobrir-se numa tentativa de evitar que a personalidade se manifestasse no espaço público. Esta concepção centrava-se na idéia de que a aparência externa exprimia o homem interior, de que as ações públicas revelavam a personalidade íntima do agente, destruindo os limites entre vida pública e privada. Desse modo, os métodos ginásticos foram bastante valorizados nesse período, visando ao controle do corpo e moldando-o a uma postura de severidade e correção. O objetivo do exercício deixava de ser atingir a alma, mas fazer com que os indivíduos adotassem um comportamento moralmente aceito pela sociedade. O discurso médico foi se afastando do religioso – não se preocupa mais com a alma – e se tornou cada vez mais higienista, preconizando a saúde e, por conseqüência, uma melhor aparência física, uma aparência mais saudável. A associação entre saúde e estética foi sendo construída.
Segundo Silva (1996), gradativamente as práticas corporais se distanciaram do discurso médico e passaram a buscar o prazer, a liberação do corpo e o bem-estar. Os ideais de rendimento e controle se difundiram na sociedade através do trabalho industrializado e influenciaram na imagem de corpo dominante.

Estados Emocionais
Moraes (1998) afirma que a ansiedade certamente se relaciona com o desempenho, que por sua vez, poderá variar de acordo com outros fatores, como tipo de esporte, dificuldade da tarefa, traço de personalidade do atleta, ambiente esportivo, torcida, entre outros. Poucos são os estudos que relacionam os estados emocionais.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Educação Física no Ensino Fundamental: identificando o conhecimento de natureza conceitual, procedimental e atitudinal


A Educação Física escolar, como propôs Mariz de
Oliveira (1995), deve ser entendida como um componente
curricular, que como qualquer outro procura possibilitar ao
aluno a aprendizagem de determinados conhecimentos.
Compreender melhor a organização desses conhecimentos e a
conseqüente construção do currículo da Educação Física na
escola deve ser uma das prioridades dos estudiosos da área.
Nas obras aqui analisadas foi possível perceber que há um
conjunto de conhecimentos bastante abrangente e a indicação
de alguns caminhos para a organização desse currículo.
Assim, partindo das proposições apresentadas nessas obras é
necessário detalhar, explicitar e identificar relacionamentos
entre diferentes elementos do conhecimento. Esses
conhecimentos, relacionados a fatos, conceitos, princípios,
procedimentos, atitudes, normas e valores devem acompanhar
o ser humano durante toda a sua vida, e nessa perspectiva, a
Educação Física passa a ser caracterizada não apenas como
algo que se faz, mas como algo que se estuda e que se sabe.
Especificamente, para que o aluno saiba Educação Física
é necessário que ele tenha construído conhecimentos
relacionados não apenas ao jogo, ao esporte, à dança, às lutas
ou à ginástica, mas sobre o movimento humano de forma
geral (relativo à motricidade), que por vezes se manifesta
nesses fenômenos, mas que pode também aparecer fora deles,
em situações cotidianas relacionadas ao trabalho, ao lazer, à
sexualidade, entre outras. A aprendizagem desses
conhecimentos tem como objetivo tornar a pessoa mais
capacitada para utilizar, de forma ótima, suas possibilidades e
potencialidades para mover-se de forma genérica ou
específica, para que, em correspondência ela possa ser capaz
de adaptar-se às mais diversas situações em que são
realizados os movimentos.
Além disso, o ser humano, nessas condições será capaz de
utilizar-se de movimentos para interagir com outros seres
humanos, e até poderá transformar o meio em que vive,
solicitando espaços adequados à prática de atividades
motoras, ou um ambiente de trabalho que não lhes seja
prejudicial, buscando assim melhora em sua qualidade de
vida.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Ciência


No seu sentido mais amplo, ciência (do Latim scientia, significando "conhecimento") refere-se a qualquer conhecimento ou prática sistemático. Num sentido mais restrito, ciência refere-se a um sistema de adquirir conhecimento baseado no método científico, assim como ao corpo organizado de conhecimento conseguido através de tal pesquisa. Este artigo foca o sentido mais restrito da palavra. A ciência tal como é discutida neste artigo é muitas vezes referida como ciência experimental para diferencia-la da ciência aplicada, que é a aplicação da pesquisa científica a necessidades humanas específicas, embora as duas estejam regularmente interconectadas.
A ciência é o esforço para descobrir e aumentar o conhecimento humano de como a realidade funciona.